NOVOS PARADIGMAS E PARADOXOS

Na matéria anterior, “Primeiros passos da evolução”, vimos que grandes mineradoras ainda testam a eficiência, produtividade, custos operacionais e de manutenção e avaliam os ganhos obtidos com equipamentos total ou parcialmente autônomos e elétricos a bateria. Nas matérias a seguir, grandes fabricantes apresentam seus avanços nessas duas frentes da tecnologia – a automação e a descarbonização, que inclui, em alguns casos, além do emprego de baterias, os projetos de uso de hidrogênio verde e em uma empresa, também de amônia, geralmente através de sua adição ao diesel.

No caso da Caterpillar, a Sotreq, sua maior revenda no Brasil, fala do caminhão off road 793F, totalmente autônomo, que opera na maior mineradora brasileira desde 2015. A versão elétrica do mesmo modelo foi apresentada no final de 2022, ainda em configuração de protótipo, um ano após o lançamento da pá-carregadeira R1700 XE LHD, para mineração subterrânea. UMA JORNADA DE DÉCADAS DA CATERPILLAR

Na Epiroc, a linha Pit Vipers, de perfuratrizes para desmonte de rochas, tem todos os modelos autônomos, enquanto na linha SmartROC, a operação é semiautônoma ou por controle remoto. PERFURATRIZES AVANÇADAS DA EPIROC

A Liebherr finaliza, nos Estados Unidos (EUA), a automação de caminhões off road a diesel e avalia a adição de hidrogênio ou amônia em seus motores, lembrando que possui modelos diesel-elétricos em operação há vários anos, nos quais a opção elétrica se dá pela conexão dos equipamentos à rede de energia da própria mineradora, e que o emprego de baterias ainda é estudado. LIEBHERR EM ROTA DE CONVERSÃO

A Sany já tem caminhões off road elétricos a bateria operando no Brasil desde setembro de 2022. PROJETO ELÉTRICO CONSOLIDADO

Assim como a XCMG, cujo portfólio se estende a outros equipamentos como pás-carregadeiras, escavadeiras, motoniveladoras e caminhões rodoviários, todos com soluções de automação ou semiautomação desenvolvidas pela fabricante. OFERTA AMPLA E ECLÉTICA DA XCMG

Para expandir essas tecnologias, as empresas estão em compasso de espera. Não só do aumento da demanda interna, como da infraestrutura e capacitação técnica das equipes de mineradoras, em padrões que dêem suporte às inovações.

Esses gargalos ocorrem tanto para o embarque da automação plena nos equipamentos, quanto para sua eletrificação com o uso de baterias, hoje de lítio-ferro-fosfato.

Todo o processo é de evolução, a começar das próprias baterias, que precisam garantir maior autonomia de operação às máquinas, o que depende de sua confecção à base de matérias-primas com maior densidade energética.

Há unanimidade entre os fabricantes de que tanto a automação, parcial ou total, ou a eletrificação, com o uso de baterias, é uma tendência sem retrocesso. Os ganhos de várias ordens – ambiental, operacional, de custos e segurança – são evidentes. Alguns, inclusive, excedem as expectativas mais otimistas de mineradoras.

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