SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL DIVULGA MAPAS DE FAVORABILIDADE NO PDAC 2019

SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL DIVULGA MAPAS DE FAVORABILIDADE NO PDAC 2019

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) apresentou no PDAC 2019, evento que reuniu 1.000 expositores, 3.495 investidores e mais de 25.000 participantes de 135 países, mapas de favorabilidade “knowledgedriven” de áreas potenciaisde diversas províncias minerais brasileiras.Também forão divulgadas informações sobre os principais ativos minerários da empresa. O objetivo é expor o efetivo potencial mineral do Brasil e as melhores oportunidades minerais para investimento, com dados concretos, em parte expostos nos mapas de favorabilidade, além de informações provenientes das áreas do Patrimônio Mineral para o investidor internacional. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque e diretor-presidente da CPRM, Esteves Pedro Colnago participaram da delegação brasileira no PDAC.

Conforme o chefe do Departamento de Recursos Minerais da Diretoria de Geologia e Mineração (DGM), Marcelo Esteves Almeida, o objetivo da delegação da CPRM no PDAC deste ano, além de divulgar o potencial mineral do Brasil no exterior, é se manter atualizado sobre a indústria mineral em escala global e suas tendências atuais. “No maior evento da indústria mineral pretendemos estar cada vez mais sintonizados com os anseios dos investidores do setor, o que permitirá o aperfeiçoamento das futuras políticas de projetos da CPRM, no curto e no médio prazos”, explicaAlmeida.

Os mapas de favorabilidade“knowledgedriven” de áreas selecionadas foram desenvolvidos especialmente para o evento, tendo por base informações geológicas consideradas relevantes para a gênese de depósitos minerais, expressas em forma de feições geológicas georreferenciadas. A estas informações foram atribuídos graus de relevância (ou pesos) para o sistema como um todo. Após essa análise espacial chegou-se ao mapa de áreas mais favoráveis para hospedar depósitos. Entre os mapas que serão divulgados estão distritos minerais importantes como Carajás (Ouro,Lineamento Cinzento), Noroeste do Ceará (Cu-Pb-Zn e IOCG), Sudeste do Amazonas (Ouro, Distrito do Juma), Nova Brasilândia (Cu-Pb-Zn-Au, Rondônia), Cinturão Gurupi (Ouro, Maranhão), Renca (Ouro, Amapá-Pará), todos com escalas variando de 1:100.000 a 1:250.000.

Além disso, foi apresentado também um “first approach” para mapas de favorabilidade em escala continental, mostrando a potencialidade mineral para vários elementos,como lítio, cobre, ouro, níquel-cobalto, grafita e chumbo-zinco, em diversos ambientes geológicos do Brasil, a partir da análise do banco de dados GeoSGB. O produto foi elaborado pela equipe da Divisão de Geologia Econômica, chefiada por Felipe Mattos Tavares, e os executores foram Rafael Bittencourt Lima (SP) e Debora Rabelo Matos (Rio).

MINERAÇÃO E INDÚSTRIA 4.0 – O Serviço Geológico do Brasil tem atuado para ampliar o conhecimento geológico do país, especialmente para atender a demanda crescente por minerais tecnológicos para produção de baterias, smartphones e carros elétricos. Diversos projetos específicos em desenvolvimento na DGM têm tido a missão de identificar áreas com alto potencial, em especial para lítio, cobalto, grafita e terras raras. Outros projetos, desenvolvidos em áreas de relevante interesse mineral, tem apontado potencial para cobre, zinco e chumbo, além de ouro e outras substâncias importantes.

A mineração é responsável por cerca de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), pela geração de mais de 2,2 milhões de empregos diretos e indiretos e por quase 12% de todas as exportações brasileiras. De acordo com a empresa de consultoria KPMG, estima-se que os empreendimentos do setor no Brasil se mantenham neste ano, ou seja, mesmo com a tragédia de Brumadinho, mineradoras estrangeiras devem manter interesse no potencial mineral do país.

MINERAÇÃO E MEIO AMBIENTE – A CPRM tem atuado de forma proativa em relação à mitigação dos impactos da mineração e na promoção do desenvolvimento sustentável. O processo de monitoramento físico-químico das águas e dos sedimentos do rio Paraopeba, além da avaliação das consequências da pluma de contaminação decorrente do rompimento da barragem evidenciou a qualificação técnica e a capacidade de resposta rápida frente às demandas. A empresa tem desenvolvido também projetos focados na reutilização dos rejeitos (“rejeito zero”), viabilizando formas de mineração sustentável (BioCobalto, Inventário Mineral da Província Estanífera de Rondônia e Rochagem). Essa já é uma tendência atual e que irá dominar o mundo da mineração no futuro. O trabalho de recuperação da Bacia Carbonífera de Santa Catarina é outro bom exemplo.

 

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