RUMO ASSUME CONCESSÃO DA NORTE-SUL

RUMO ASSUME CONCESSÃO DA NORTE-SUL

A Rumo assumiu a concessão dos tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul. Empresa ganhou o leilão realizado em 28 de março, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Maior operadora ferroviária do País, aguarda agora renovação antecipada da Malha Paulista.

“Estamos aguardando o parecer final do Tribunal de Contas da União”, João Alberto Abreu, presidente da Rumo. Com isso, a maior operadora ferroviária do país irá investir R$ 7 bilhões. O que irá criar um corredor comercial inédito na América do Sul.

RumoAlém de Anápolis, onde funciona o Porto Seco Centro-Oeste, haverá terminais da Rumo nas regiões das cidades goianas de São Simão e Uruaçu. E também um grande complexo de terminais no sudoeste do Estado. No Tocantins, as operações em Porto Nacional, onde já existe um terminal, passarão a integrar o corredor Norte-Sul. A Rumo tem planos para que trens da Brado, estejam rodando até o final de 2019, no trecho da Norte-Sul entre Anápolis (GO) e Porto Nacional (TO).

Corredor logístico

O objetivo dessa operação inaugural é atender os polos de produção agrícola e industrial. Tanto na região Centro-Oeste quanto Norte do País. Nela, serão utilizados os modernos vagões double-stack. Eles podem carregar até três contêineres (um de 40 pés e dois de 20 pés) empilhados em dois níveis.

Em paralelo, diversas obras de infraestrutura ferroviária serão executadas entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP). Nessa cidade a Norte-Sul se conecta à Malha Paulista. Também sob concessão da Rumo, essa via férrea dá acesso ao Porto de Santos (SP). A conexão entre as duas malhas deve ocorrer até 2021.

De um lado, leva-se carga geral e industrializada do Terminal de Sumaré (SP). De lá é levada a produção da indústria da grande São Paulo. E também para a região metropolitana de Campinas, São José dos Campos e demais polos industriais do estado de SP.  Alcançará também grandes centros consumidores, como Goiânia (GO), Brasília (DF), Palmas (TO) e Imperatriz (MA). Por outro lado, será escoado um volume significativo de grãos de Tocantins, Goiás e do leste do estado de Mato Grosso, para exportação a partir de Santos.

Segundo dados ANTT, a demanda potencial prevista pelos trilhos da Norte-Sul para 2020 é de 1,7 milhão de toneladas. Até 2055, esse número deve chegar a quase 23 milhões de toneladas anuais.

 A maior parte dos investimentos previstos será feita nos 5 primeiros anos. Com isso, aumentando 150% a capacidade de transporte da Malha Paulista. De 30 milhões de toneladas por ano para 75 milhões de toneladas por ano.

Além desse aumento de capacidade, o plano de negócios da Companhia prevê dezenas de obras. Com o objetivo de solucionar conflitos urbanos. E também reativar os ramais de Panorama (SP) e Barretos (SP).

Informações básicas: 

  • Data do leilão: 28 de março de 2019
  • Trecho concessionado: 1.537 quilômetros, ligando Porto Nacional (TO) a Estrela D’Oeste (SP)
  • Prazo do contrato de concessão: 30 anos, não prorrogável
  • Valor da proposta econômica da Companhia: R$ 2,7 bilhões
  • Ágio em relação ao valor mínimo fixado: 100,92%
  • Previsão para início das operações: até o final de 2019, com contêineres da Brado rodando entre Anápolis (GO) e Porto Nacional (TO); operação completa prevista para 2021, após a conclusão das obras entre Ouro Verde de Goiás (GO) e Estrela D’Oeste (SP).
  • Primeiros terminais previstos: Porto Nacional (TO), Anápolis (GO), região de São Simão (GO), região de Uruaçu (GO) e um grande complexo de Terminais no sudoeste de Goiás.
  • Demanda potencial divulgada pela ANTT: 1,7 milhão de toneladas para 2020; 22,73 milhões de toneladas até 2055.

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