PRÁTICAS E METODOLOGIAS PARA SEGURANÇA DE MÁQUINAS

PRÁTICAS E METODOLOGIAS PARA SEGURANÇA DE MÁQUINAS

DSC04680Tecnologias de Segurança reduzem 50% os acidentes e aumentam de 5% a 7% a eficiência das empresas
No Brasil, os diferentes níveis de maturidade nesse quesito – entre fabricantes, usuários e prestadores de serviços – dão ao tratamento do assunto uma dimensão relevante e atual, fato que embasou a Rockwell Automation na promoção do Safety Symposium – 2º Simpósio de Segurança de Máquinas, em São Paulo. Nele, foram apresentados os requisitos legais, as melhores práticas e tecnologias nesse campo.
Abrangente, o evento colocou em discussão temas como o Panorama Atual da Legislação Brasileira; Tecnologia em Segurança como Ferramenta de Produtividade, Desempenho e Otimização de Máquinas; e Connected Enterprise, onde Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Operação (TO) e Segurança se encontram.
Coube à coordenadora da Comissão Tripartite Temática CNTT-NR-12, Aida Cristina Becker –representando o Ministério do Trabalho – explanar sobre a situação corrente da norma reguladora. “Ela tem amparo na Constituição e equilibra a relação entre a iniciativa privada e a sociedade”, ressalta.
A especialista destacou a importância da norma ao exemplificar que 12% dos acidentes em geral acontecem com máquinas, e ao enumerar a ocorrência média de dez amputações por dia. “O Brasil registra sete acidentes fatais a cada 100 mil trabalhadores, contra três dos Estados Unidos e dois da Inglaterra”, comparou.
Aida Becker também informou aos participantes do evento alguns ajustes introduzidos na NR-12 pela recente Portaria nº 857. Dentre eles, o tratamento diferenciado para micro e pequenas empresas nas obrigações de capacitação, reconstituição do manual de instruções, de máquinas antigas e elaboração de inventário.
Outras mudanças foram a dispensa do cumprimento dos requisitos da Norma a máquinas e equipamentos de fabricação nacional destinados à exportação; e permissão expressa da movimentação de máquinas e equipamentos que não atendem à NR-12 fora das instalações da empresa, para reparos, adequações, modernização, desativação, desmonte e descarte.

O Safety Symposium também demonstrou que segurança e produtividade andam juntas. Eric Lutz, gerente de produto da linha laser/scaners da Rockwell Automation, comentou que, com o uso de modernas tecnologias de segurança, companhias conseguem ser de 5% a 7% mais eficientes, têm de 2% a 4% menos tempo não programado de máquina parada e reduzem 50% dos acidentes, em relação à média dos concorrentes. “Dispositivos inteligentes permitem a proteção do operador e o menor tempo de parada da máquina, contribuindo para o ganho de produtividade”, enfatizou.
“Infelizmente, muitas empresas sacrificam a produtividade para atingir metas de segurança quando, na verdade, a segurança é um facilitador que faz a eficiência e a produtividade aumentarem”, comenta Renato Mota, gerente regional de marketing para segurança da Rockwell Automation. Ele elenca cinco pontos fundamentais que alinham segurança e produtividade.
• Análise de risco – conhecimento da máquina
• Elaboração de requerimentos funcionais – como a máquina funciona
• Verificação – conferir se o projeto atende aos requisitos da análise de risco
• Validação – testar todos os modos de falha
• Manutenção – garantir que está funcionando de acordo com o que foi previsto

Renato Mota está seguro de que, no futuro, todos os produtos terão algum nível de segurança associado. Ele assinala que a busca da eficiência e do aumento da produtividade está impondo mudanças sem precedentes na manufatura, onde TO e TI convergem, numa integração perfeita e completa.
“Hoje, dispositivos e arquiteturas inteligentes são a face visível desse novo modelo de indústria, chamado Empresa Conectada (The Connected Enteprise)”, conclui.

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