MONUMENTO NACIONAL VERMILION CLIFFS

MONUMENTO NACIONAL VERMILION CLIFFS

O Monumento Nacional Vermilion Cliffs foi criado pelo presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, em 9 de novembro de 2000, ampliando uma área de proteção ambiental estabelecida pelo Congresso norte-americano em 1984 – o Paria Canyon – Vermilion Cliffs Wilderness, para proteger uma das últimas regiões de deserto que originalmente formavam o país. Localizado no extremo norte do condado de Coconino, no Arizona, ao sul da fronteira com o estado de Utah, o território do monumento – 293.689 acres – permanece remoto e intocado e abriga mais de 100 sítios arqueológicos datados de mais de 12 mil anos atrás.

A formação central do monumento é o Paria Plateau, um extenso terraço situado entre duas grandes estruturas geológicas, as monoclinas East Kaibab e Echo Cliffs. Mas é ao longo de sua borda sul que se encontra a maior atração local: os Vermilion Cliffs. Os penhascos elevam-se a 3 mil pés (914 m) de altura e sua erosão ao longo do tempo acabou incorporando à paisagem anfiteatros, mesas, arcos e enormes paredes de arenito.

As rochas de Vermilion Cliffs são parte da formação conhecida como Arenito Navajo, presente em Utah, Novo México, Colorado e Arizona. A história do Arenito Navajo começa durante o Período Jurássico (entre 144 e 206 milhões de anos atrás), quando o continente norte-americano estava em uma latitude diferente fazendo com que o sul de Utah se encontrasse muito mais próximo do Equador do que é hoje, inserido em um cinturão de fortes ventos alísios. Esses ventos moveram areia de quartzo, formando dunas que cobriram um território maior que o do deserto do Saara.

Com o tempo, as camadas de areia que se acumulavam foram endurecendo e se transformando em arenito resultante do aumento de pressão, na medida em que mais sedimentos eram depositados no topo das dunas. Mais à frente, conforme o continente se deslocava para o norte, as calotas polares derreteram alterando o clima e o mar cobriu o sudoeste da região. A água, então, vazou para a areia, carregando minerais como ferro, carbonato de cálcio e manganês, que cimentaram os grãos de areia, originando lentamente as rochas que vemos hoje.

São esses minerais que tornam o Arenito Navajo particularmente único por lhe conferirem uma ampla gama de texturas e cores – do branco a muitos tons de vermelho -, dispostas em linhas finas inclinadas – a chamada estratificação cruzada – que revelam a direção em que o vento soprava há cerca de 200 milhões de anos. Além do Paria Plateau e dos Vermilion Cliffs, fazem parte do monumento as Coyote Buttes e o Paria Canyon.

Foto: Creative Commons

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.