Dióxido de carbono: o desafio da indústria cimenteira

Dióxido de carbono: o desafio da indústria cimenteira

cimento-destaque287 plantas industriais com capacidade instalada de 86 Mtpa e produção em 2013 de 70 Mtpa, fazendo do Brasil o sexto maior produtor e quarto maior consumidor de cimento do mundo. 99% dessa produção é produzida por via seca com pré-aquecedores e pré-calcinadores o que significa, respectivamente, processos mais eficientes e redução adicional do uso de combustíveis com o reaproveitamento dos gases para pré-aquecer a matéria-prima na entrada do forno.Em termos de mercado, o momento atual é bom, pois o setor ainda está embalado pelo ciclo de crescimento iniciado em 2004 e as perspectivas para as próximas décadas são bastante promissoras. Há, porém, um problema: ainda não se inventou um processo de fabricação de cimento que não gere dióxido de carbono (CO2), tanto na transformação da matéria-prima em cimento, quanto na queima do combustível usado nessa transformação. Calcula-se que 5% das emissões de CO2 de origem antrópica no mundo provem da produção de cimento. Tanto que já há protocolos internacionais estabelecendo um rígido cronograma para a indústria reduzir essas emissões. No Brasil, a Política Nacional de Mudanças Climáticas, assinada em 2009, estabelece uma redução voluntária de 36 a 39% até 2020.

No caso da indústria instalada no país, há o agravante de já se situar entre as que apresentam os menores índices de CO2 (cerca de 600 kg/t) entre suas congêneres em nível mundial. Isso porque o setor se atualizou tecnologicamente, utiliza intensivamente, adicionados ao clínquer, outros materiais (como escórias de alto forno, cinzas volantes, pozolanas e, mais recentemente, filler calcário) e se destaca na queima de resíduos – o coprocessamento atual é da ordem de 1 milhão t por ano, embora haja potencial para processar 2,5 milhões t.

Nesse contexto, é que foi realizado em São Paulo, de 19 e 21 de maio de 2014, o 6º Congresso Brasileiro de Cimento, promovido pela ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland e o SNIC – Sindicato Nacional da Indústria do Cimento, reunindo cerca de 300 profissionais e empresas do Brasil e exterior. Os trabalhos e palestras apresentados, disponíveis no site http://www.cbcimento.com.br/ , propõem soluções e alternativas a esta questão: como reduzir ainda mais as emissões?.

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