COMO CONCILIAR MATERNIDADE E HOME OFFICE

COMO CONCILIAR MATERNIDADE E HOME OFFICE

A pandemia da COVID-19 trouxe consigo mudanças nas relações pessoais e de trabalho. As mães que estão em home office convivem com o trabalho dentro de casa e o prazer (e dificuldades, porque não?) de estar lado a lado com os filhos.

A analista contábil Nasaré Alves, trabalha na Imerys, mineradora que atua com caulim no Pará e está em casa na companhia do filho e da filha de 23 e 24 anos cada. “Sempre tivemos um relacionamento muito próximo e agora está mais gostoso ainda. A gente faz brincadeiras, comidas diferentes, tudo dentro de casa, saindo apenas quando necessário. Acabamos nos aproximando ainda mais”.

Thayana Araújo com, da TEMPLE, com as filhas Letícia e Luma
Thayana Araújo com, da TEMPLE, com as filhas Letícia e Luma

Como nem tudo são flores, para quem tem filhos pequenos, as dificuldades podem ser um pouco maiores. Thayana Araújo, por exemplo, é gerente de Conteúdo da agência de comunicação TEMPLE e tem duas filhas, uma de 14 e outra de apenas dois anos de idade. “A maior dificuldade é com a de 2 anos, pois a mais velha tem 14 e já entende a situação.

A Luma fica correndo e brincando e às vezes dá uns gritinhos e para conseguir fazer uma reunião ou uma simples ligação, preciso que meu marido vá para o quarto com ela. Além disso, em alguns momentos ela pede colo então, dependendo da ocupação, eu paro 5 minutinhos para mimar minha bebê e depois volto ao trabalho”.

 

 

Ana-Rita-e-Flora
Ana Rita Lopes, com a filha Flora

Para a profissional de Comunicação e Responsabilidade Social, Ana Rita Lopes, do Instituto Solví, que passava o dia trabalhando ou viajando pelo Brasil, incluindo Belém, onde atende a Guamá Tratamento de Resíduos, estar mais perto da filha Flora, 9 anos, também tem sido uma experiência desafiadora, pela mudança da rotina, e gratificante, pois está reforçando os laços afetivos. “Antes da pandemia, tinha uma pessoa que ajudava em casa e a Flora passava boa parte do dia na escola”.

Depois da crise, a filha sempre está próxima da mesa de trabalho montada na sala da casa dela, em São Paulo. Na nova rotina, Ana estabeleceu um tempo maior para brincadeiras aos finais de semana e ficou surpresa com as atitudes colaborativas da filha em casa. “Ela brinca perto de mim e ajuda muito em casa. Aos finais de semana, brincamos de projetos criativos com materiais recicláveis como uma casa de bonecas de papelão. São momentos especiais”.

Leila Ramos, com Arthur e Daniel

A analista financeira Leila Ramos, da mineradora Alcoa, em Juruti, está tendo a primeira experiência com o home office durante a pandemia. Ela garante que o principal desafio é manter a concentração no trabalho, sem perder a disciplina com a rotina das crianças. Ela, que é mãe do Arthur (8) e do Daniel (4), acredita que os filhos se adaptaram bem à nova realidade. “No início, havia um roteiro de estudos diários. Era preciso manter a rotina. Agora eles estão de férias e estão mais soltos, mas entendem que mamãe e papai precisam continuar trabalhando todos os dias”.

De vez em quando durante as reuniões virtuais de trabalho, Leila ouve um “mãe, posso fazer isso?” ou um “mãe, meu irmão fez aquilo!”, mas ela entende isso como normal e que faz parte do desafio de ser mãe e trabalhar em home office. Ela acredita que com calma, paciência e criatividade tudo dá certo. “Não precisamos nos estressar ou estressar as crianças com rigidez nos horários. Tudo será equalizado num momento futuro. O que precisamos agora, é proteger nossas famílias e cuidar para que lá na frente todos esteja bem. É um momento difícil para todos nós, mas vai passar logo”, avalia ela, que entende este momento como um período importante de aprendizado para as mães e toda a família, levando para casa um dos valores da empresa: Cuidar das Pessoas.

christiane
Christiane Lisboa e família

No distrito de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, Christiane Lisboa, gerente do departamento de Vendas da Mineração Rio do Norte, maior produtora de bauxita do Brasil, não tem dúvida de que após a pandemia, as pessoas não serão mais as mesmas e aposta que será uma mudança para melhor. Na realidade, ela acredita que esse momento de transformação já começou, pois as pessoas estão se reinventando no trabalho com o advento do home office.

“Tem sido um enorme aprendizado o trabalho home office, lidando com situações diferentes do dia a dia, se adaptando a novas rotinas e aproveitando os benefícios da videoconferência para que as pessoas não percam contato e, dessa forma, estejam mais próximas. Também estamos focados em entregar os mesmos resultados, mas por caminhos alternativos. Outro ponto positivo é que muitos estão se dedicando aos estudos online e se aperfeiçoando”.

Casada e mãe de dois filhos – Lucas, 10 anos, e João, de 6 anos – Christiane acredita que além da reinvenção profissional, o momento é de ganhos, pois pôde estar mais perto da família e, assim, cuidar da estabilidade emocional dos filhos durante esse período. “Considero isso um privilégio e agradeço todo o suporte que a empresa está proporcionando para passarmos por esse momento de forma segura e também à dedicação do meu esposo nessa nova rotina. É um momento difícil, mas que estamos conseguindo superar. O melhor de tudo isso é estar junto com a família e conseguir gerir o equilíbrio entre a vida pessoal e a corporativa, focando em entregas com qualidade”.

Karen Afonso e família
Karen Afonso e família

Karen Afonso é Analista de Finanças, na Gerência Financeira da Alubar, lotada na unidade localizada em Barcarena. Ela conta que, no início, foi difícil adaptar a rotina com os três filhos e o trabalho no mesmo ambiente. A alternativa foi buscar o apoio dos familiares. “Eu me mudei para a casa dos meus pais nesse período. Sou mãe solteira, então eles que me ajudam a cuidar das crianças enquanto eu trabalho. Agora os meus filhos, de 3, 4 e 11 anos, já entendem melhor a situação. Até os pequenininhos vêm me falar: ‘mãe, tem que lavar a mão por causa do corona’”.

Sendo a maior fabricante de cabos elétricos de alumínio na América Latina, uma das maiores produtoras de vergalhões de ligas de alumínio em todo o continente e fabricante de condutores de cobre para todo o Brasil, a Alubar está entre as empresas consideradas essenciais e que não podem parar durante a pandemia do novo coronavírus. Para os colaboradores que, como Karen, não apresentam sintomas ou não fazem parte de grupos de risco da COVID-19, o trabalho remoto funciona por escala, onde ela vai para a fábrica semana sim e semana não.

Por outro lado, além das preocupações, Karen considera que o isolamento social é uma oportunidade para estar mais perto da família e de se reinventar profissionalmente. “A organização de tarefas que adotamos no trabalho deve continuar. A digitalização de alguns processos pode reduzir custos de transporte quando a pandemia passar. Quando estou em home office, almoço junto com a família, acompanho as crianças despertando de manhã e à noite tenho mais tempo com elas. De vez em quando elas passam pra fazer um carinho, tenho me acostumado de verdade”.

OBS: Texto enviado à revista In The Mine por Fabiana Gomes, Analista de Comunicação da Temple Comunicação

 

 

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