ATLÂNTIDA BRASILEIRA

ATLÂNTIDA BRASILEIRA

Por Tébis Oliveira,

ITM44 - GaleraG

A descoberta de rochas de granito na região conhecida como Elevação do Rio Grande, no Atlântico Sul, a 2,5 mil m de profundidade e a 1,5 mil km da costa do Rio de Janeiro, pode ser indício de que a formação geológica é o continente submerso há 100 milhões de anos, quando a América do Sul se separou da África. A hipótese, anunciada pelo diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, Roberto Ventura, precisa ser objeto de mais estudos. “Se confirmada, no entanto, ela deve revolucionar nossa compreensão sobre a formação e evolução da crosta terrestre”, acredita o geólogo.

O material foi coletado, através de dragagem da área, por pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) durante a expedição Iatá-Piuna – “navegando em águas profundas e escuras”, em tupi-guarani –, a bordo do submersível Shinkai 6500, embarcado no navio Yokosuda. Além do granito, foram encontrados também indícios de minerais como ferro, manganês, cobalto, cobre, níquel, nióbio e tântalo. A expedição é fruto de um acordo de cooperação técnico-científica celebrado entre a CPRM, o Instituto de Oceanografia da Universidade de São Paulo (IO-USP) e a Agência Japonesa de Ciências do Mar e da Terra (JAMSTEC).

O entusiasmo com a descoberta é tratado com precaução por Ventura. “Falamos em Atlântida mais pelo simbolismo. Obviamente não esperamos encontrar nenhuma cidade perdida no meio do Atlântico”, avisa o diretor.

(Abril/maio 2013)

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