RIUMA MINERAÇÃO AVALIA PROGRAMA DE OTIMIZAÇÃO LIEBHERR

RIUMA MINERAÇÃO AVALIA PROGRAMA DE OTIMIZAÇÃO LIEBHERR

Criada há 62 anos no bairro do Jaraguá, zona norte de São Paulo (SP), a Riuma Mineração conta atualmente com uma frota de 10 equipamentos Liebherr: seis pás-carregadeiras, uma do modelo L 538 e cinco L 580, e quatro escavadeiras hidráulicas R 954 C SME. Em abril de 2016, a Riuma decidiu adotar o Programa de Otimização de Processos desenvolvido pela fabricante para o monitoramento e análise de suas operações. Nesse trabalho, engenheiros de pós-vendas e instrutores de operação da Liebherr avaliam, de forma sistêmica, os processos e rotinas de mineradoras, buscando identificar oportunidades de melhorias que possam gerar ganhos reais em eficiência operacional.

Entre os aspectos observados estão a forma de sinalização da mina, o tamanho das bancadas de lavra, a limpeza de pátio e o posicionamento das máquinas. Também é realizado o treinamento de operadores. A equipe da Liebherr elabora, então, um relatório com os dados operacionais coletados, como produção, tempos de ciclo de trabalho e consumo de combustível, entre outros, propondo a nova metodologia a ser implementada. A aplicação das sugestões é acompanhada e tem seus resultados novamente medidos e ratificados. Após a implementação são realizadas visitas recorrentes pelo pós-venda da Liebherr para auditar a continuidade das rotinas na forma como foram definidas.

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Posicionamento atual de escavadeira e caminhão para otimização do tempo de carregamento

Foram incluídas no programa duas escavadeiras R 954 C, que a empresa possuía na época, duas R 954 C SME e uma pá-carregadeira L 580, todos Liebherr, e oito caminhões G440 8×4, da Scania, empregados nas operações de carregamento e transporte de minério. Sobre as razões da adesão ao programa, o engenheiro mecânico da Riuma, Carlos Roberto Barbosa Júnior, explica que a empresa se pauta pela busca constante de avanço tecnológico e pelo aprimoramento operacional.

“Ainda assim, inicialmente tivemos que vencer a resistência de receber a ajuda de um fornecedor de equipamentos para nos ‘ensinar’ o que já fazíamos há mais de 60 anos. De toda forma, acreditamos na parceria com a Liebherr e decidimos investir nosso tempo e recursos em uma proposta de aumento de produtividade e de redução do consumo de combustível e materiais de desgastes”, explica Barbosa. Segundo ele, ainda, foram registrados ganhos imediatos de aumento de 28% da produtividade e de redução de 10% do consumo de combustível nas operações de carregamento e transporte.

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Carlos Barbosa, engenheiro mecânico, e Carlos Santos, encarregado operacional da Riuma

Implementação

O programa teve duração de um mês, desde a avaliação inicial até a coleta dos resultados obtidos após adoção das mudanças sugeridas. Nesse período também foram realizados treinamentos para os operadores – teórico, de três dias, e em campo, de 15 dias. Durante os três dias iniciais do programa, lembra o encarregado operacional da Riuma, Carlos Roberto Oliveira Santos, foram observados e anotados os pontos críticos da operação: plano de trabalho após o desmonte; altura da bancada de trabalho; posicionamento da escavadeira e do caminhão durante o carregamento; organização da praça de carregamento e posicionamento da pá-carregadeira de apoio e do rompedor hidráulico empregado no desmonte de material.

Em termos de produtividade, os indicadores monitorados foram o tempo de carregamento do caminhão, em toneladas/hora, e de consumo de combustível, em toneladas/litro. Também foi avaliado o ciclo de viagem dos caminhões, da frente de lavra até o britador.

Resultados

A observação dos processos e rotinas resultou na sugestão de uma série de melhorias pela equipe da Liebherr, que acompanhou sua implementação durante o programa e em visitas posteriores, para avaliação. Um dos focos das alterações propostas foram as técnicas de preparação das bancadas de carregamento. “Por onde iniciar e como evoluir e finalizar esse trabalho de maneira mais produtiva, com menor desgaste nos equipamentos e implementos e maior produtividade”, explica Santos. Para isso, foram criados padrões operacionais detalhados e de fácil entendimento para os operadores para cada tipo de equipamento. Também foram estabelecidos layouts de posicionamento com referências de altura e distância entre as máquinas durante as operações.

Passados quase seis anos da iniciativa, Barbosa avalia que o Programa de Otimização de Processos da Liebher não foi um fim e sim o início de uma consciência focada em melhoria na Riuma. “Para que o programa funcione, a empresa precisa, antes de tudo, da humildade e do comprometimento que todo processo de aprendizado exige. Também é imprescindível o envolvimento e a colaboração de todos, desde o diagnóstico dos problemas, implantação do programa e, mais importante para seu prosseguimento, a busca contínua pela otimização operacional”, conclui o engenheiro mecânico.

Para ele, o maior benefício trazido por essa experiência foi a criação de um padrão operacional na mineradora, além da integração de todos os operadores no propósito de buscar uma operação mais produtiva e econômica. “O programa também facilitou a criação de metas e, consequentemente, de uma sistemática de premiação da produtividade alcançada nas áreas de carregamento e transporte”, complementa Barbosa.

Toda a metodologia discutida no programa está presente, de alguma forma, ainda hoje na operação da Riuma. “Em especial, o foco na otimização do processo ficou marcado no dia a dia de nossa equipe e é transmitido e assimilado naturalmente pelos novos contratados”, diz Santos.

Fotos em destaque: altura e distância entre máquinas de carregamento antes (acima) e depois (abaixo) da implementação do Programa Liebherr

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