Por meio de parceria institucional, a Universidade de São Paulo (USP) será a responsável pela revisão do Plano de Ação para Biodiversidade da unidade da Alcoa em Juruti, no Oeste do Pará. O convênio firmado tem cinco anos de duração e durante esse período serão desenvolvidos estudos para avaliar como o monitoramento socioambiental deve ser estruturado para analisar a eficácia da aplicação da hierarquia de mitigação, além de apoiar um sistema de governança de impactos sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos.
De acordo com a supervisora de Biodiversidade da Alcoa, Susiele Tavares, o trabalho de pesquisa terá cinco módulos, com objetivos e métodos específicos:
“Dentre eles, serão mapeadas as relações de causalidade dos impactos sobre a biodiversidade e serviços ecossistêmicos (BSE), coleta e armazenamento de dados. Também será desenvolvido um sistema integrado de governança para avaliar a aplicação sistemática da hierarquia de mitigação de impactos sobre BSE, por meio de indicadores”.
O trabalho desenvolvido pela USP, tem o propósito de estudar temas de gestão de biodiversidade na área da mina e no seu entorno, contribuindo para a alcançar a meta de Perda Líquida Zero.
“Nosso objetivo é descobrir qual a melhor maneira de você minimizar perdas em biodiversidade e se necessário, compensar algumas perdas que não puderem ser evitadas”, explica o Professor Doutor Luis Enrique Sanchez, titular do Departamento de Engenharia de Minas da Escola Politécnica da USP. A produção científica é um dos requisitos deste convênio, por isso, participam do trabalho alunos de mestrado, doutorado e iniciação científica.
“Todos eles terão que produzir trabalhos científicos e publicá-los em revistas da área, cada um trazendo a contribuição de sua parte. Além disso, queremos entender melhor as práticas da Alcoa, os impactos da atividade da mineração em Juruti e como mitigá-los. Por meio dessa colaboração queremos atingir resultados que sejam positivos tanto para a academia, quanto para a iniciativa privada, onde as atividades produtivas tenham menor impacto ambiental”, afirma o docente.