CONTROLE E MANUTENÇÃO DE MINERODUTOS

CONTROLE E MANUTENÇÃO DE MINERODUTOS

Por Tébis Oliveira (*)

Em 12 e 31 de março passados, a Anglo American detectou dois vazamentos em pontos distintos do Mineroduto Minas-Rio, ambos na área rural de Santo Antônio do Grama (MG). Avaliações preliminares indicam que a causa comum foi o surgimento de uma trinca na solda longitudinal executada durante o processo de fabricação dos dutos. A mineradora suspendeu suas operações por 90 dias, período em que inspecionará toda a extensão do mineroduto com o uso de um PIG (Pipeline Inspection Gauges) instrumentado. Além da provável causa – que é objeto de análise por especialistas do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo) e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) -, as duas ocorrências têm outros pontos em comum. São eles: a detecção imediata do problema e a rápida intervenção da equipe responsável para estancar o vazamento. Esses fatores foram determinantes para minimizar a quantidade de polpa de minério carreada para o ribeirão Santo Antônio do Grama – 300 t e 170 t, respectivamente. No segundo vazamento, inclusive, o abastecimento de água para o município não foi interrompido, visto que a mineradora já havia instalado uma adutora para captar água de outro córrego, o Salgado.

O único impacto ambiental dos vazamentos foi o carreamento da polpa de minério para o ribeirão. O material – 70% composto de minério de ferro e 30% de água – não é tóxico e pode ser integralmente removido, o que já está sendo feito. Fatos e resultados só destacam a eficácia do plano operacional e de manutenção do Mineroduto Minas-Rio e a qualificação da equipe responsável por ele. A operação é totalmente remota e monitorada por duas salas de controle, contando com um sistema de detecção de vazamentos, que possui redundância de instrumentos para garantir a segurança e integridade da instalação. O mesmo rigor é observado na manutenção.

Faça o download da matéria completa, publicada na edição 72 da revista In The Mine, com as ações da Anglo American e da Samarco, para o reínicio seguro das operações.

(*) Tébis Oliveira é editora de Sustentabilidade e Novos Projetos da In The Mine

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.