A Fundação Projeto Pescar tem novo comando. É Afrânio Chueire, ex-presidente da Volvo Construction Equipment Latin America. Aos 58 anos, Chueire deixou um dos mais importantes players do setor de equipamentos de construção depois de 18 anos na companhia para focar na área de responsabilidade social. “Agora estou me dedicando a novos empreendimentos. A Fundação Projeto Pescar é o principal deles”, diz o executivo, que tem o desafio de ampliar ainda mais o alcance da ONG, que se transformou numa bem-sucedida ação nacional voltada para jovens em vulnerabilidade social. Em mais de 40 anos, cerca de 30 mil jovens já se beneficiaram do programa de formação sócio-profissionalizante e tiveram a oportunidade de construir um futuro melhor. “Além de oportunidades para quem não tem chance de ingressar no mercado de trabalho, proporcionamos a possibilidade de crescimento e desenvolvimento destes jovens como cidadãos, transmitindo uma formação moral e de valores aliada aos conteúdos técnicos”, afirma Chueire.
Anualmente, cerca de dois mil jovens participam gratuitamente de 16 cursos de iniciação profissional, capacitando-se para exercer atividades como auxiliares de mecânica, vendedores, auxiliares de cozinha, assistente administrativo, entre outros.
A Fundação Projeto Pescar já soma cerca de 100 empresas parceiras entre mantenedores e empresas com unidades do programa. Somente no ano passado, mais de 1,7 mil jovens foram formados em 82 unidades do projeto espalhadas por 42 cidades de 10 estados brasileiros. “Além do benefício direto aos jovens atendidos e suas famílias criamos valor para as empresas e organizações que fazem parte quando disponibilizamos, dentro do programa, a possibilidade do trabalho voluntário. Oferecemos o voluntariado para os colaboradores e alguns parceiros estão usando isso como parte da formação profissional de suas equipes”, observa Chueire.
O impacto é muito positivo na vida dos jovens e suas famílias. Cem por cento dos participantes indicariam o Projeto Pescar para outros adolescentes. O programa consta de uma grade horária com 60% dos conteúdos em cidadania e autoconhecimento e 40% de conhecimento técnico. A ONG ganhou, inclusive, importância internacional com a iniciativa de levar a metodologia a outros países na América Latina (Argentina, Paraguai e Peru) e até em Angola, na África.
“Nossa meta é ampliar e dar mais capilaridade ao trabalho da Fundação”, observa Chueire, destacando a importância de aumentar o número de empresas parceiras. “São elas que promovem cursos com turmas de em média 20 alunos. Aumentar o número de participantes é um grande desafio para este e os próximos anos”, finaliza o novo presidente.
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Paula Martins
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