O Serviço Geológico do Brasil (SGB) acaba de lançar uma versão atualizada das informações sobre a geologia da Plataforma Continental Jurídica Brasileira (PCJB) e de áreas oceânicas próximas. O trabalho reúne e organiza uma grande quantidade de dados sobre geologia, tectônica e recursos minerais da região, tudo em um ambiente digital que inclui mapas simplificados e a localização dos pontos dos diversos temas.
Os dados revisados estão disponíveis para download no site do SGB, no formato shape (utilizado em sistemas de informações geográficas), e mantêm o padrão da versão original. Além disso, foi criado um dashboard interativo, que permite explorar as informações de forma mais visual e dinâmica.
Entre os destaques do dashboard estão:
- Mais de 24 mil estações de coleta, com dados sobre embarcações, profundidade e ano das coletas;
- Informações sobre 11 tipos de fácies, que indicam a granulometria e o tipo de material encontrado;
- Mapa simplificado de localização, que facilita a visualização das áreas estudadas;
- Profundidade das amostras: varia de 0 a 4.675 metros, sendo que 80% delas foram coletadas em até 100 metros.
Em relação aos recursos minerais, os dados apontam pontos com diferentes substâncias, sendo as mais frequentes:
- Nódulos polimetálicos (37 ocorrências);
- Manganês (34 ocorrências);
- Zircão (15 ocorrências).
Essas três substâncias representam cerca de 70% dos registros do projeto.
O dashboard também apresenta mapas contínuos com áreas significativas para substâncias como calcário, nódulos polimetálicos e associações de minerais como ilmenita, monazita, zircão e rutilo.
Os dados geoquímicos somam 813 amostras, que analisam 17 elementos químicos, como cálcio, magnésio, chumbo, zinco, titânio, entre outros. A tabela disponível no material apresenta os valores máximos de cada elemento e o número total de amostras.
O resultado também destaca regiões com potencial para novos estudos, como a Elevação do Rio Grande, considerada uma fronteira exploratória. O objetivo do SGB com essa atualização é ampliar o conhecimento geológico sobre a plataforma continental brasileira e facilitar o acesso de pesquisadores, estudantes e profissionais da área às informações.
A iniciativa segue as diretrizes da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do Ministério de Minas e Energia, e faz parte dos programas Geologia do Brasil e REMPLAC (Programa de Avaliação da Potencialidade Mineral da Plataforma Continental Brasileira).