SEGURANÇA DE TRANSPORTADORES E O RETORNO DA PREVENÇÃO

SEGURANÇA DE TRANSPORTADORES E O RETORNO DA PREVENÇÃO

Por Jerad Heitzler, gerente de Treinamento da Martin Engineering

Proteger os trabalhadores deve ser a principal prioridade de qualquer empregador, especialmente daqueles que estão na linha de frente do processamento de materiais. Além das consequências financeiras substanciais de um acidente de trabalho ou fatalidade, os impactos são sentidos profundamente pela família do funcionário, seus colegas de trabalho e pela comunidade em geral.

Portanto, investir em equipamentos seguros e bem projetados, além de treinamento focado em prevenção, que ajude a proteger os trabalhadores de lesões ou doenças, é essencialmente investir nas pessoas, na cultura da empresa e na comunidade [Fig.1].

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Figura 1 – Proteções restringem o acesso aos equipamentos e podem exigir um procedimento específico para ser destravadas – Crédito: Martin Engineering/Divulgação

Embora o retorno sobre o investimento (ROI) seja um cálculo comum ao instalar novos acessórios para transportadores, alguns especialistas em segurança enfatizam o retorno sobre a prevenção (ROP). Essa estratégia de longo prazo prioriza equipamentos com segurança integrada ao projeto, permitindo uma manutenção mais ergonômica, acesso mais rápido e fácil, além de outras melhorias que tornam a manutenção menos perigosa. Embora equipamentos mais seguros normalmente representem um investimento inicial maior, o retorno ao longo da vida útil está na manutenção mais rápida, com menos tempo de inatividade, maior vida útil do equipamento e, principalmente, uma chance consideravelmente menor de incidentes, reduzindo o custo geral da operação.

Os Custos Reais do ROI

O cálculo do ROI em segurança de transportadores é específico para cada operação, mas, em geral, pode ser dividido em “custos diretos” e “custos indiretos”:

  • Os custos diretos estão explicitamente associados a um acidente ou doença. Em geral, incluem multas, contas médicas, prêmios de seguro, pagamentos de indenização e pagamentos por incapacidade temporária;
  • Os custos indiretos incluem uma variedade de outras despesas decorrentes do incidente. Entre elas, destacam-se [Fig. 2]:

– Tempo de limpeza e perda de produtos;
– Reparo/substituição de equipamentos;
– Compra/instalação de componentes de segurança;
– Horas extras para substituir o trabalhador ausente;
– Custo de contratação, treinamento e equipamento de novos funcionários;
– Honorários advocatícios e custos de litígio;
– Aumento dos prêmios de seguro;
– Atrasos na produção e metas de entrega não cumpridas;
– Redução do moral dos funcionários, aumento do absenteísmo;
– Publicidade negativa;
– Aumento da fiscalização por parte dos órgãos reguladores

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Figura 2: Custos diretos e indiretos de lesões e mortes de trabalhadores – Crédito: Martin Engineering/Divulgação

O Preço da Recuperação de um Acidente

Para demonstrar os benefícios da segurança para os resultados financeiros de uma empresa, a OSHA (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA) criou a ferramenta online “$afety Pays”, que utiliza informações econômicas específicas da empresa para avaliar o potencial impacto econômico de acidentes de trabalho na lucratividade da empresa. O programa estima os custos diretos (estimativas de custos de sinistros fornecidas pelo Conselho Nacional de Seguros de Compensação) e os custos indiretos (fornecidos pelo Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Stanford) e os compara com os detalhes financeiros fornecidos pela empresa [Fig.3]:

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Figura 3 – Exemplo da ferramenta $afety Pays da OSHA – Crédito: Martin Engineering/Divulgação

Retorno sobre Prevenção (ROP)

O modelo de ROI comumente utilizado calcula o prazo em que o investimento em novos equipamentos é recuperado por meio das melhorias. Se um projeto proposto atende às expectativas orçamentárias e tem um período de retorno do investimento inferior a um ano, a gerência da planta geralmente o aprova.

Trabalhar com números abstratos cria implicitamente resistência, dificultando a aprovação de suas propostas por gerentes preocupados com a segurança. No entanto, os custos tangíveis de lesões e mortes de trabalhadores são bastante reais. O modelo ROP ilustra a direção e a força dos programas de segurança e saúde ocupacional para ajudar a atingir as metas da empresa [Fig.4].

Figura 4 (em destaque no alto da página) – Limpadores de correia sobre esteiras Martin® são projetados para se afastarem do sistema, proporcionando uma manutenção ergonômica segura – Crédito: Martin Engineerging/Divulgação

Investigações geralmente revelam que os incidentes poderiam ter sido evitados com o conhecimento e os comportamentos corretos, combinados com melhorias de segurança práticas e econômicas. A prioridade dada a acessórios de transporte duráveis ​​e bem projetados, além de treinamento profissional, faz sentido financeiro e pode levar a uma cultura de segurança que se espalha por todo o balanço patrimonial da empresa.

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