Foi realizada dia 9 de maio, em Brasília, a cerimônia simbólica de assinatura de um acordo de cooperação científica entre o Serviço Geológico do Brasil (SGB) e a Perth Recursos Minerais Ltda. Esse evento é parte do processo de implementação do Projeto Avaliação do Potencial Mineral para Cobre e Metais Base no Brasil – Ação Palmeirópolis, iniciativa estratégica da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais (DGM) do SGB.
Participaram do ato o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, e o CEO da Perth Minerals, Robert Michael Smakman. O projeto será executado no Depósito Polimetálico de Palmeirópolis, localizado no estado do Tocantins, e conta com a atuação integrada das divisões de Sensoriamento Remoto e Geofísica (DISEGE) e de Geologia Econômica (DIGECO).
Cooperação científica com foco em inovação metodológica
Durante a cerimônia, Valdir Silveira ressaltou que a parceria com a Perth Minerals representa um modelo inovador de cooperação entre o SGB e a iniciativa privada. “Estamos realizando testes com novas metodologias geocientíficas, algumas de interesse do próprio SGB e outras da Perth. É uma oportunidade para aplicarmos essas inovações em campo, em um ativo que ainda pertence ao Estado brasileiro, mas que está sob cessão da Perth Minerals”, explicou.
O diretor destacou ainda o caráter técnico-científico do acordo: “Esse é um trabalho conjunto, sem repasse financeiro entre as partes, mas com forte potencial de gerar conhecimento prático. Nosso papel é fazer pesquisa, e essa cooperação é um caminho para resultados que beneficiem tanto o projeto quanto o SGB, a empresa e, principalmente, o Estado brasileiro”.
Parceria de longo prazo e benefícios mútuos
O representante da Perth Minerals, Robert Smakman, celebrou a continuidade da colaboração. “Esse acordo entre o SGB e a Perth é, na verdade, mais um dos acordos que estamos fazendo, numa parceria que já dura cerca de quatro anos. É mais uma etapa dessa relação de confiança, que nos deixa muito felizes.”
Benefícios para todos
A iniciativa representa um avanço na articulação entre o setor público e a iniciativa privada para a produção de conhecimento geocientífico. O plano de trabalho prevê a atuação integrada das equipes técnicas das duas instituições, com foco no aprimoramento das metodologias aplicadas à pesquisa mineral no Brasil.
Essa cooperação interessa não apenas ao setor mineral, que se beneficia com dados técnicos mais robustos, mas também à sociedade civil, que ganha com a geração de conhecimento aplicado, o fortalecimento da infraestrutura geocientífica e o uso mais eficiente dos recursos naturais públicos.