Neste Especial Minas Subterrâneas trazemos a operação de excelência da AngloGold Ashanti e, graças à parceria com o professor de Engenharia de Minas José Margarida da Silva, entrevistado da seção Mine Personalidade da edição, teses de doutorado e mestrado de alunos da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e um artigo de Rita de Cássia Pedrosa Santos, também professora de Engenharia de Minas da instituição.
No caso da AngloGold, a matéria trata da evolução significativa da infraestrutura das minas subterrâneas, impulsionada por avanços tecnológicos, pelo aprimoramento das condições de segurança e pelo aumento da eficiência operacional, em especial com o aperfeiçoamento dos sistemas de ventilação, métodos de contenção do maciço e da logística e transporte no interior da minas.
Entre as teses, temos a dissertação de mestrado de Cassiano Emílio da Silva sobre o uso de dispositivos vestíveis tecnológicos na mineração, com base na crescente digitalização de sistemas e automação de processos produtivos. O mesmo autor assina o artigo sobre uso de drones na mineração, abordando a inserção de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados) ou RPA (Aeronaves Remotamente Pilotadas), nos levantamentos topográficos e sua aplicação no acesso a áreas confinadas e de risco, sem a exposição de trabalhadores.
A tecnologia Ore Sorting para minério de ferro, apresentada por Jonathan Alves Gomes Ferreira Melo, parte de testes e ensaios com amostras de minério, variando entre 50 mm e 6,3 mm de tamanho, obtidas junto às minas Abóboras e do Pico, respectivamente em Nova Lima e Itabirito (MG), do Complexo Vargem Grande da Vale. O trabalho objetiva elevar o teor de ferro de produtos granulados por meio da remoção de minerais de ganga por meio da separação de minério por sensores.
Na dissertação de mestrado “Resistência à Compressão Uniaxial do Enchimento de Rejeito Cimentado na mina subterrânea de ouro Turmalina, da Jaguar Mining”, Daniel Henrique dos Santos Garcia avalia a capacidade de um material resistir à aplicação de forças de compressão, para o enchimento de mina do tipo pastefill, frente à variação da porcentagem de cimento Portland usada em sua composição.
Dois trabalhos são dedicados às tecnologias para ventilação de minas subterrâneas. Em seu artigo, a professora Rita de Cássia Pedrosa Santos explica o investimento cada vez maior das empresas em tecnologias e equipamentos que utilizam IoT (Internet das Coisas) para melhorar seu sistema e garantir a segurança, citando como exemplos ventiladores de alta eficiência e sistemas de refrigeração, além do emprego de sistemas supervisórios para coleta, armazenamento e monitoramento de dados sobre ventilação em tempo real e do uso da ventilação sob demanda (VOD).
Por sua vez, Leandro de Vilhena Costa, autor da tese de doutorado “Análise via simulação da ventilação em mina subterrânea: estudo de caso mina Córrego do Sítio I”, investiga a ventilação da Mina Córrego do Sítio I, da AngloGold Ashanti, localizada em Santa Bárbara, Minas Gerais, por meio de simulação computacional. O estudo demonstrou que a mudança de equipamentos a diesel por elétricos pode reduzir a demanda por ventilação em até 40%, com diminuição dos custos operacionais e ganhos de eficiência de processo.
Foto: Carregadeira Toro™ LH410, da Sandvik, em mina subterrânea (Sandvik/Divulgação)
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