SUPERÁVIT DA PRODUÇÃO DE NÍQUEL PRIMÁRIO SE MANTÉM EM 2025

SUPERÁVIT DA PRODUÇÃO DE NÍQUEL PRIMÁRIO SE MANTÉM EM 2025

O estudo World Nickel Statistics divulgado pelo Grupo Internacional de Estudos de Níquel (INSG, na sigla em inglês), em abril de 2025, indica que o superávit da produção do metal no ano será da ordem de 195 mil t, contra 179 mil t, em 2024, e 170 mil t, em 2023. A produção mundial de níquel primário no exercício deve chegar a 3,735 Mt, superando os volumes de 2024 (3,526 Mt) e de 2023 (3,363 Mt). Já o consumo previsto é de 3,537 Mt, maior que o de 2024 (3,347 Mt) e de 2023 (3,193 Mt).

A entidade lembra que, na Indonésia, os atrasos na emissão de licenças de mineração (RKABs) resultaram em escassez de minério no mercado de níquel. Acrescenta, também, que os efeitos dos novos royalties do país sobre o setor de mineração ainda não foram totalmente avaliados.

Em relação à produtos derivados de níquel, a expectativa é de aumento em 2025, no que se refere a ferro-gusa de níquel (NPI), precipitado de hidróxido misto (MHP) de plantas de lixiviação ácida de alta pressão (HPAL), matte de níquel convertido de NPI, cátodo de níquel e sulfato de níquel. Para ampliar sua produção de cátodo e de sulfato de níquel, a China também expandir sua produção primária de níquel, ao mesmo tempo em que reduzirá a de NPI. Outros países já suspenderam ou reduziram sua produção de níquel devido a problemas de rentabilidade, alternativas que estão sendo consideradas por mineradoras que ainda mantêm suas minas em atividade.

Para o INSG, é esperado um crescimento adicional da produção de aço inoxidável em 2025, o que pode sustentar a demanda de níquel. Por outro lado, seu uso em baterias para veículos elétricos não atingiu o volume esperado, principalmente pelo desenvolvimento de tecnologias que empregam fosfato de ferro-lítio e pela maior demanda por veículos elétricos híbridos plug-in.

Fator positivo, segundo o estudo, é que novos projetos de Material Catódico Ativo Precursor (pCAM) em diferentes partes do mundo sustentarão um aumento no uso de níquel no futuro. O pCAM serve como base para a produção de materiais catódicos ativos (CAM) utilizados nas baterias de íons de lítio. É formado por uma mistura de hidróxidos metálicos, como níquel, cobalto e manganês, posteriormente combinada com hidróxido de lítio para criar o CAM incorporado nas baterias.

Foto: Planta lançada pela fabricante Metso em 2024, para a produção de pCAM em mineradoras. Crédito: Metso/Divulgação

 

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